Em 2015, o marketing digital ficou mais complexo do que nunca, mas os empresários brasileiros estavam ocupados com a crise econômica e, ao invés de analíticos, deixaram tudo no piloto automático da mão-de-obra barata.
Cada canal de marketing – desde a publicidade paga, SEO e mídias interativas como o Facebook – tem o seu próprio ritmo e dinâmica. Os vários canais estão se tornando cada vez mais especializados, tanto assim que já não é mais qualquer profissional recém que é capaz de dar conta do conjunto de habilidades necessárias para a tarefa. 2015 foi o ano em que o marketing digital se transformou numa especialidade rebuscada dentro da então chamada, computação. Computação já era.
Isso também ficou evidente pela forma como as grandes empresas organizam o seu marketing digital. Considerando que o Gerente de Marketing é usado pra tudo, inclusive pro Marketing Digital, este cara agora precisa ter mais um bom cinturão de magias pra dar conta de todo o conhecimento.
O orçamento de marketing normalmente fica dividido entre os gestores de mídias sociais , os especialistas do AdWords e os responsáveis pelo SEO. Por último, mas não menos importante, há analistas web internos encarregados de melhorar as ferramentas utilizadas para medir o sucesso das ações de marketing.
Esta divisão do trabalho deixa cada vez mais difícil que se tenha uma visão geral de toda a cadeia de marketing digital. Se os especialistas são necessários para justificar um investimento em seu canal, outro risco entra na equação: é cada vez mais tentador escolher opções que proporcionam sucesso a curto prazo, à despeito do enorme risco financeiro a médio e longo e os sérios danos que podem causar à reputação da empresa.
Vamos às tentações que devem ser evitados.
1. As táticas de curto prazo
Muitos mercados – de moda e equipamento ao ar livre para viagem, livros e eletrônicos de consumo – estão muito disputados no reino digital. Ter um SEO – Search Engine Optimization- bem sucedida é difícil, particularmente no setor de viagens. Táticas de curto prazo pode ajudar a visibilidade e impulsionar o tráfego, mas também envolvem riscos consideráveis. Há alguns meses atrás, um grande portal de viagens descobriu da maneira mais difícil, quando perdeu um quarto da visibilidade dentro de uma semana depois de ter sido penalizado pelo Google. SEO é uma matéria sensibilíssima, exigente, que deve ser feita continuamente sem muitos questionamentos e sem pressa de sucesso. É um como uma tarefa cara e necessária.
Ao invés de perseguir táticas de curto prazo, é melhor ficar com alavancagens de marketing mais conhecidas: oferecer aos clientes algum tipo de valor agregado e investir na satisfação do cliente, dar, entregar, ajudar, o Inbound marketing. Ter e manter clientes satisfeitos oferecendo-lhes ajuda contínua do seu conhecimento. Evite as técnicas duvidosas que aumentam tráfego subitamente.
2. A precisão forçada
Ad-servers e softwares de análise, como o Google Analytics ou Webtrends, compilam grande quantidade de métricas – geralmente fornecidos com duas casas decimais. Há inúmeras razões pelas quais estes números não refletem o mundo real – script incorretos, medições imprecisas por diferenças de plataformas (os adservers são mais rápidos que o analytics, por exemplo). Evite procurar diferenças pequenas, imprecisões chutadas, números aguardados.
Se a margem de erro existe pra quase tudo, não espere precisão no marketing digital e considere melhoria, quando o esforço de melhoria é justo e franco.
Comparações esdrúxulas na linha do tempo também precisam ser evitadas. O Marketing digital muda como as nuvens do céu, não compare qualquer tempo, fica impossível precisar.
3. Comparações quase sem sentido
O benchmarking tornou-se uma tendência massiva. Avaliação comparativa eficaz com seus concorrentes ou setores podem fornecer dados úteis para o seu negócio. No entanto, a avaliação comparativa no mundo on-line é muito difícil. É tentador comparar sua taxa de conversão com uma taxa de conversão genérica, mas o que esse tipo de comparação revelar de verdade? Mesmo que a sua taxa de conversão já esteja acima da média do seu setor, ele ainda poderia ser melhorada através da eliminação de fatores que possam estar no caminho da conversão – palavras-chave negativas, correspondência de termos – isso no Adwords.
Parece banal, mas evite a tentação de fazer benchmarking o tempo todo. As informações mais importantes estão no seu próprio quintal. Um bom lugar para começar é comparar o desempenho de suas campanhas com campanhas anteriores, ou definir metas com base em sua situação atual, em vez de dados genéricos. Cansei de ver taxas de conversão de 0,60% gerarem mais negócios do que é taxa de 5%.
4. Simplifique o Marketing digital
Eu era um mero trainee quando um gerente de projetos, diante de uma insistência minha por optar por uma ferramenta rebuscada disse-me: – Conhece a sigla KISS ? Keep It Simple, Stupid. Confesso que me senti ofendido neste dia, mas que bobagem, ouça a voz da experiência e KEEP IT SIMPLE, STUPID!!!
Simplifique também em marketing digital. Vai fazer bem à empresa. Nada de 10 métricas, eleja 3. Ao invés de trabalhar todas as redes sociais, faz mais sentido para selecionar as que são relevantes para o seu negócio. Tudo isso leva a uma maior eficiência da campanha e um maior retorno sobre o investimento de marketing (ROI).
É claro que não adianta cortar custos em alguns aspectos. A pesquisa de palavras-chave mais abrangente possível para AdWords, a integração correta do analytics. Se você estiver fazendo cortes no planejamento da eficácia, você está aparando a árvore errada.
5. As métricas irrelevantes
O desenvolvimento contínuo de ferramentas de marketing está no coração de marketing digital, é a sobrevivência e o bilionário mercado dos grandes da internet como Facebook e Google. Se você está buscando um CTR avançado e uma taxa de conversão alta, o Google, o Face, estão loucos para que você consiga. Só que muitas vezes eles fornecem métricas que não são realmente relevantes para o seu caso. Por exemplo, durante uma campanha de banner display que você pode receber informações sobre a ‘taxa de interatividade “. Isso pode facilmente chegar a dois dígitos, pois a interação simplesmente significa que o usuário passou o cursor sobre o banner , ou seja, nada preciso.
6. Gastar ao invés buscar conhecimentos
Muitos serviços de marketing digital fornecido pelas agências, só valem a pena se a agência lhe oferecer algum valor agregado. Não é o serviço pago, mas o quanto a agência pode lhe transferir de conhecimentos de maneira justa e contínua.
Comprar mídia mais barato qualquer agência consegue, nenhuma delas é genial só por isso. Agências on-line, tais como a Trampo, podem ajudar sua empresa se souber garantir sua presença online, garantir facilidade de uso nas conversões, manutenções descomplicadas, desempenho, design e acessibilidade. A médio prazo, no entanto, você precisa se garantir de que seu pessoal interno ficarão autossuficientes para executar e otimizar suas ações de marketing digital. Isso garante base de conhecimento a longo prazo da empresa .
Conclusão
Para a sua empresa o desenvolvimento do conhecimento é de extrema importância, é capital intelectual. Essa terceirização do marketing digital exige visão de longo prazo, mas é a sua sobrevivência em tempos de crise. Pegue um área do conhecimento que é imprescindível como o Marketing Digital e deixe fora do teu controle rígido. O controle que se deve ter está no campo da transferência de conhecimentos, do capital intelectual. Em tempos de crise você como gestor deve se ocupar do seu negócio, do core. Ter uma Equipe sênior de marketing é preciso, exigir dela o alinhamento perfeito com as tendência de marketing digital é burrice. Equipe e Agência, alinhados é o melhor dos mundos, bem porque, uma agência não é nada mais do que um funcionário a mais nas suas contas.
