Temos observado o início de algumas campanhas de marketing eleitoral na internet e acompanhado algumas que vêm sendo desempenhadas há mais tempo.
Nos chama a atenção em ambos os tipos alguns deslizes que podem ser prevenidos ou mesmo remediados, ainda que tardiamente.
Seguem alguns enfoques que não se deve fazer:
- Métricas são importantes, obsessão pelas métricas não é importante. Preocupa-se demais com o pixel do facebook, com a quantidade de seguidores, com o número de likes. A preocupação maior e soberana deve ser: Entregar o conteúdo adequado para o público segmentado adequadamente. Ainda que custe um pouco mais caro, a aderência é muito maior e isto sim leva ao voto. Seguidores é a métrica da vaidade, posto que para conteúdo impulsionado tanto faz o número de seguidores.
- Insistir na mesmice é um erro. Variar o tipo de conteúdo entregue te garante um apoio à decisão na hora da real conversão em votos.
- Acreditar que apenas o Facebook vai te garantir a eleição é um erro. Embora seja o canal mais importante para se chegar ao um público regional, a regra geral ainda guia para usar múltiplos canais. Em primeiro lugar porque o Google ainda pode captar muita gente que procura se informar sobre o candidato e em segundo lugar porque o algorítimo do Face é imprevisão e qualquer mudança que derrube o alcance ou restrições e atrasos nas aprovações podem naufragar sua estratégia.
- Evite o excesso de caciques. Definir papéis, dar o devido poder de aprovação aos elementos mais preparados da equipe, ou mesmo à agência terceirizada significa otimizar resultados. Candidatos que querem controlar e decidir tudo, vão se desgastar e o desgaste diminui os resultados – em tudo na vida.
- Improvisar. O improviso é um erro comum. É aquela mania de querer colocar um aliado próximo pra cuidar de elementos técnicos do processo como é o caso da campanha de marketing digital político. Embora seja cômodo, é ilusão aprender o raciocínio correto de uma coisa tão complexa da noite pro dia.
- Confundir propaganda publicitária com marketing político digital. A propaganda eleitoral como santinhos deve ser evitada nas redes sociais até a última hora. Existem canais inclusive onde este tipo de ação é totalmente inócuo. O marketing é a arte de convencer sutilmente, atrair a confiança. A publicidade deve ficar para o momento da conversão em voto, para a reta final e mesmo assim, deve ser totalmente personalizada para cada tipo de eleitorado. Nada que se assemelha à publicidade off-line.
- Superestimar o poder das redes sociais. Embora seja um veículo de suma importância na política, o seu uso para fins eleitorais ainda é controverso e pouco conhecido. Embora tenhamos excelentes cases, as redes sociais ainda são praticamente uma novidade neste campo. Ainda é necessário equilibrar a campanha entre on e off-line. Há quem use para potencializar as ações off-line e isto não é um erro – por enquanto.
- Ser mais um na multidão abusando da bandeira, do verde e amarelo, das peças de cores invasivas é simplesmente clichê.
As pessoas estão com uma boa dose de descrédito em políticos e despolitizar a campanha é necessária. É melhor mostrar quem você é e o que quer fazer de verdade do que deixar que a pessoa intua que você é mais um da mesma lavra que o que está aí.
Busque sua identidade. - Ver a fragilidade da própria campanha digital e não buscar ajuda. Categoricamente é muito mais barato contratar uma consultoria ou um treinamento, do que que insistir em um projeto digital que não está te levando a nada.