Quem ainda pensa em pleitear um cargo público deve estar ciente de que tudo o que se sabia sobre marketing político até pouco tempo atrás já não vale mais.
Muito ainda precisa ser aprendido sobre o comportamento nas redes sociais e a cada efeméride as coisas mudam. O modo como as pessoas se relacionam com política na internet mudou radicalmente depois das eleições de Dilma e Bolsonaro, de Obama e Trump e muda ainda mais com a pandemia do COVID-19. Consegue imaginar que até as pequenas reuniões de cabos eleitorais e correligionários deixam de existir da noite pro dia? Imagine comícios?
O que quero dizer com isso? Quero deixar claro que, para fins de marketing eleitoral, marketing político, a internet é um organismo vivo. Não é um simples point de amigos que se comunicam, a internet é uma linguagem em mutação e toda técnica que se queria aplicar não passa de tentativa pois mesmo as ferramentas alteram seus algorítmos, estendem e reduzem alcance e filtros.
A poucas coisas corretas e imutáveis podem ser listadas em um consenso básico, baseado em nossa extensa experiência:
Raciocínio – Sem planejamento, estratégia e raciocínio, dificilmente se constrói uma campanha eleitoral consistente na internet.
Conteúdo – Matéria prima básica de qualquer ação de marketing político digital. É o conteúdo que carrega a opinião, a história e o poder de engajamento de um candidato.
Planejamento – Quando, como e porquê? A internet é um território onde não é a quantidade que manda, é a capacidade de acertar o conteúdo x alvo.
Alcance Orgânico x Alcance Pago – tem candidatos que já nem se importam com alcance orgânico, visto que podem pagar e chegar a quem quiser. Ledo engano. Ambos caminham de braços dados nos desejos de indexação dos algorítimos.
Identidade – identificar-se com um vídeo, texto, imagem, layout nem sempre depende de produções faraônicas. O equilíbrio é a peça chave.
Infraestrutura digital – quer resolver tudo com um único canal? Acha que vai ser eleito postando foto no Instagram? Esqueça. Profissionalize a infraestrutura ou nem se arrisque. É preciso uma campanha multicanal, multinível e multiformato.