A música é um das ramos que mais ferve com as mudanças de tecnologia. Isso ocorre desde sempre, diríamos que é um campo fértil para criação e adoção de mudanças. O motivo é bem simples, é bem raro pessoas que vivem bem sem música alguma.
E nessa esteira de multiplicidade de gostos e altíssima demanda, há um outros tantos vales férteis para curvas de adoção em massa de toda novidade no hábito de se ouvir música que acabam surgindo com o tempo.
Sobrevive a música no rádio, na TV, alguma venda ainda em meios físicos e hoje em dia, os streamings chegaram com tudo.
O que intriga é a atual resistência aos novos meios digitais. Será que as pessoas não se dão conta da imensa liberdade de gosto e audições que um serviço de streaming nos permite?
Serviços como RDio, Deezer, Spotify, o ressuscitado Napster – dos primórdios da pirataria -, xBox music até os tardios como Apple Music, todos são opções que disponibilizam entre 15 e 30 milhões de músicas pelo preço médio mensal de um CD. Os valores variam entre 8,90 e 29,90 por mês, dependendo da extensão dos serviços contratados, ficando os mais baratos às vezes limitado a audição via web e os mais caros em múltiplos dispositivos e plataformas, inclusive off line. Na prática, com um mero netbook você pode ter um som em casa com uma prateleira virtual infinita, ferramentas de busca, de criação de playlists incríveis, revisitar albuns e épocas de todo e qualquer tipo de música do mundo todo.
Então eu pergunto, resistir pra quê?
Para o artista
Do lado do artista, brotou e agora floresce aquela sensação de impotência: – Por quê gravar um CD se ninguém mais compra, se as rádios só tocam o que é pago e se o mainstream está todo dominado por sertanejos e outras formas de comércio de entretenimento?
Creia, o streaming pode ser sua libertação.
Publicar nestes sistemas de streaming é muito mais barato que fabricar CDs e você tem o meio mais poderoso de auto divulgação já inventado: – O link pra sua música!
Os sistemas mais conhecidos são de self-publishing – que é aquele em que você paga uma taxa e usa o sistema para efetuar os procedimentos de upload, preenchimento das informações, geração de ISRC e escolha das lojas-, são o CD Baby e OneRPM. Ambos cobram uma taxa sobre cada venda, mas disso não da pra fugir. Além das taxas que as lojas retém – entre 10 e 27% – mais um percentual de cerca de 15% fica com os sistemas.
Parece muito, mas é um percentual até generoso quando comparado ao que as gravadoras retinham sobre as vendas de CDs.
Outro sistema, e que nós usamos aqui na Trampo é o gerenciado, nós cuidamos de todas as etapas da publicação do streaming de música e a arrecadação é repassada para o cliente. Nossa interface é um selo da Phonofile, que é a plataforma mundial usada pela maioria dos selos, abrangendo cerca de 130 lojas e streamings.
Se fosse comparar com OneRPM e CDBaby , o nosso é o mais caro, porém são serviços diferentes, o nosso é o único em que todo procedimento é executado por nossa equipe, nos demais, que tem que fazer todo o procedimento é o artista.
Para os artistas independentes é bom não esperar milagres, é um universo imenso de músicas publicadas e não dá pra ficar famoso e lucrar alto com isso da noite pro dia, mas convenhamos que para um artista conhecido ou não, é melhor existir do que ficar limitado ao meio físico e regionalizado como na era do CD.