Calendário eleitoral 2020 com dicas de marketing político digital

Ter um calendário eleitoral 2020 é simples, ele é publicado pelo TSE e todo mundo copia e replica, correto? Correto, salvo que algumas coisas mudam durante o caminho e ninguém aborda os tempos digitais do calendário eleitoral.

O calendário eleitoral muda com as nuvens no céu. Procure sempre certificar-se da retidão dos dados acessando http://www.tse.jus.br/eleicoes/calendario-eleitoral

Vamos às datas com dicas de marketing político  digital

A primeira dica é não cair na armadilha de aguardar convenções partidárias para se lançar pré-candidato. Ser pré-candidato é uma condição que atende a candidatos que passarem nas convenções e os que não passarem. Carreira política não acontece da noite para o dia e carece estratégia a longo prazo, sobretudo no marketing político digital.
Posicionar-se como pré-candidato é um condição de qualquer cidadão que almeja a carreira política.

O atraso no início do marketing digital é o pior prejuízo da candidatura

Aguardar os atrasos e o dinheiro do partido é o principal erro de uma candidatura política. Com o fim dos financiamentos de campanha por empresas, o jogo político ficou um pouco mais franco e quanto antes começar o empenho, mais será a chance de convencimento de que as doações de campanha por pessoas físicas é a única arma contra o poder econômico.

E o pior prejuízo? O pior prejuízo eleitoral é deixar para a última hora. O marketing político digital não é um milagre, é construído minuciosamente ao longo do tempo com constância, conteúdo, profissionalismo e estratégia. Cito dois famosos políticos eleitos com empenho digital e estratégia rebuscada:  Dilma e Bolsonaro.

  • 05/10/2019 – Data limite para o início do planejamento do Marketing digital da campanha. A infraestrutura leva cerca de 30 dias para ficar pronta e o planejamento estratégico também demanda um bom prazo.
  • 05/12/2019 – Data limite para o início do marketing de conteúdo
    Marketing de conteúdo é a estratégia de publicar textos, vídeos. áudios que possam ser ranqueados pelo Google e publicado também nas redes sociais com intuito de gerar confiança.
  • 01/01/2020 – As pesquisas passam a ser obrigatoriamente registradas pelo TSE ou pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), tornando-se mais confiáveis;
    Dica: Uma pergunta recorrente por aqui é se pode fazer pesquisas informais pelo Facebook mesmo.
    – Não, não é permitido nenhum tipo de pesquisa eleitora que não seja registrada. Qualquer pesquisa pode ser burlada, além de forma uma forma de influenciar a opinião pública.
  • 1/4/2020 – TSE começa a promover propaganda institucional no rádio e na televisão.
  • 04/05/2020 – Fim do prazo para solicitação de inscrição ou alterações do título de eleitor. Além disso, também finaliza o prazo para a trocar o domicílio eleitoral, regulamentar a situação ou solicitar transição para Seção Eleitoral Especial (área onde eleitores deficientes ou com mobilidade reduzida efetuam a votação);
  • 13/06/2020 – Início da nomeação dos integrantes das mesas receptoras. Essa nomeação finaliza dia 03/08;
  • 03/08/2020 – Fim do prazo para solicitação de segunda via do título de eleitor fora do domicílio eleitoral;
  • 5/7/2020 – Os políticos com vistas à indicação de seu nome pelo partido podem começar a fazer propaganda intrapartidária.
  • Entre os dias 20 de julho e 5 de agosto – Convenções partidárias
    Dica: Do ponto de vista do marketing digital, esta é a data mais perigosa. Com convenções tão tardias, os candidatos ficam sem tempo hábil para trabalhar o conteúdo, alcance e aderência, que deveria começar em no máximo em 05/12/2019.
  • 31/8/2020 – Início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
  • 22/09/2020 – Fim do prazo para solicitação de segunda via do título de eleitor dentro do domicílio eleitoral;
  • 02/10/2020 – Votação Primeiro turno;

Veja, não há uma data em que se deva começar as publicações com alusões a pré-candidatura. Este trabalho deve ser constante ainda que a candidatura não seja deferida nas convenções partidárias.

A espera é inimiga do marketing político digital. Ficar de olho no calendário eleitoral é um acessório apenas, os tempos de marketing são outros.

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